quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Borra no motor?

Desde que eu comprei o carro, eu nunca tive nenhum comportamento anormal do motor.
No Brasil muito se fala da fama dos motores Volkswagen AP (Alta Performance) e sua alta resistência, durabilidade e coisas do gênero. Realmente, são ótimos motores e bem resistentes, mas também existem opções e não precisamos ser bitolados ao ponto de acreditar que são os ÚNICOS motores parrudos no mercado.
Temos outros N motores, dentre eles o Zetec-RoCam.

Zetec-RoCam? Sim!
Vamos fazer uma breve introdução do ZR para quem não o conhece.

Em 1995 a Ford resolveu introduzir o Ford Fiesta no mercado brasileiro, para isso, trouxe a terceira geração dele (Mk3).
Ele era importado da Espanha, e por isso, recebeu o apelido de Fiesta "Espanhol" (da mesma forma que o Astra "Belga" etc). O dito cujo veio com motor Endura-E 1.3L.



Ford Fiesta Mark 3, o "Espanhol".


Esse Fiesta durou um ano no mercado nacional quando foi lançado a quarta geração (Mk4). Com motores Endura-E 1.0 e 1.3, e também o EXCELENTE Zetec-SE 1.4 16v.


 Ford Fiesta Mark 4

O motor tinha conceitos bem evoluidos para época e era importado, o que encareceu a sua manutenção em solo tupiniquim. Por isso, a Ford Motor Company do Brasil estudou uma forma de ter um motor tão bom quanto e que fosse viavel para a realidade brasileira. Foi então desenvolvido o Zetec-RoCam, que nada mais é que um primo mais novo e mais barato que o Zetec-SE. Esse motor entrou na linha Ford em 1999/2000 na quinta geração do Fiesta (Mark 5).
O RoCam tem apenas um comando de válvulas (SOHC), bloco de ferro fundido e cabeçote de alumínio (enquanto o Zetec-SE é bloco e cabeçote em alumínio, o que não impossibilita a retifica, mas dificulta e encarece), não usa correia sincronizadora, e sim CORRENTE sincronizadora (você troca de carro antes de mexer nela, enquanto com correia você tem que trocar a cada 40.000 ~ 50.000 km).
E o principal, que está até no nome dele: a tecnologia ROCAM.
RoCam nada mais é que a abreviação de Rollerfinger Camshaft, ou comando de válvulas com balancins roletados.

"No caso de comando de válvulas no cabeçote e atuação indireta, usam-se alavancas tipo dedo (finger arm), em que são apoiadas numa extremidade sobre ponto fixo ou compensador hidráulico, sendo a outra extremidade a que movimenta a válvula. A alavanca tipo dedo -- imagine o indicador de sua mão -- recebe o movimento do ressalto aproximadamente no meio, entre o apoio (junto à mão) e a ponta (debaixo da unha). São exemplos os motores GM de 8 válvulas e Honda VTEC.

Até recentemente, o ressalto agia sobre o dedo por deslizamento, havendo aí um ponto de enorme atrito e tensão. Por esse motivo, o desenho do ressalto precisava ser tal para que esse atrito fosse controlado, razoável, mas levando à indesejável situação em que o tempo de abertura máxima da válvula era muito pequeno. Era a rampa suave do ressalto. Mas se houvesse um rolete no dedo o atrito seria praticamente nenhum, tornando possível uma rampa de ressalto bem mais pronunciada. A válvula permaneceria mais tempo aberta, com ganho imediato no enchimento do motor mesmo em rotações baixas.

Esse é o princípio utilizado no novo motor Ford Rocam (roller finger camshaft) e também no Corsa alemão de 1 litro e 3 cilindros. A Ford tem o mérito de ser o primeiro fabricante a adotar a solução aqui, cujos resultados surpreenderam."

Fonte


Ta aí o Zetec-RoCam para quem não conhece.

Bom, voltando ao assunto do post. Como disse nos posts iniciais do Blog, comprei o Fiesta com cerca de 125.000 km e hoje está com 132.900 km.
Por volta dos 130.000 km ocorreu o seguinte problema:
Eu estava dando uma volta por SP quando resolvi parar em um lugar para comprar algo. Desliguei o carro, desci, fui até a loja, comprei, voltei pro carro.... liguei o carro e notei um ruído muito alto, lembrava tucho descarregado. Mas o barulho era tanto que parecia que tinham 50 tuchos descarregados no meu motor haha. Outra coisa, a luz do óleo não apagou, o carro funcionou assim por cerca de 5 segundos. Desliguei e fui conferir o nível do óleo... estava tudo OK.

 Quando liguei o carro novamente nada ocorreu, funcionou perfeito e fui para casa.

Esse problema ocorreu duas vezes só e parou. Resolvi postar no Ford HP e no Oktane para ver o que o pessoal achava, se alguem já havia passado por isso.
Me falaram que podia ser borra! Que ela poderia estar no fundo do cárter e nessas duas vezes ela foi sugada e entupiu o pescador.
Conversei com o meu mecânico e ele disse que poderia ser também um dos tensionadores da correia poly-v que é hidráulico e ele esta perdendo tensão. 
Pelo sim ou pelo não, resolvi descer o cárter.
Que trabalhão! Para tirar o cárter desse motor precisa afastar o câmbio.
Enfim, tiramos o cárter e para minha surpresa, nada de borra.
Então resta o tensionador.


 Carro no elevador na oficina Frisontech em Pirituba.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Freios, eles também merecem atenção!

Bom, a reforma no carro não se restringe somente ao acabamento interno, externo ou apenas itens de aparência.
A parte mecânica está toda sendo revisada, aos poucos, mas está.
Chegou a hora do freio. Como postei anteriormente, logo que retirei o carro da concessionária eu notei a ineficácia do sistema de freio do carro, foi diagnosticado na oficina que levei:

- Discos de freio = meia vida
- Pastilhas de freio = meia vida
- Tambores = meia vida
- Sapatas = um pouco acima de meia vida
- Cilindro de roda traseiro esquerdo = estourado (foi trocado a MUITO tempo)

Fuçando na internet achei o site da FREMAX, ao entrar nele vi logo na home page "fremax tuning".
O nome me chamou a atenção e resolvi conferir. Se trata de uma linha de discos da fremax que vem de fábrica estriado.
Resolvi arriscar, encomendei os discos.
Muito bom, chegou bem rápido.

 
 


Considerações da Fremax a respeito dos discos dessa linha:

Bullet Máxima performance em condições molhadas – dispensa a presença de água na superfície de atrito;
Bullet Maior resistência ao “fading” – eliminação dos gases entre as pastilhas e o disco;
Bullet Pintura exclusiva;
Bullet Monitoramento do desgaste – os sulcos permitem controlar o desgaste até o atingimento da espessura mínima recomendada;
Bullet Efeito “micro-shave” – mantém o material de atrito da pastilha constantemente renovado.


 Enfim, todo o aparato já foi instalado, já estou rodando com esse conjunto a pelo menos uns 2.000 km. Acho que já é tempo o suficiente para dar um parecer aqui.

As sapatas (Varga) e as pastilhas (Cobreq) são de qualidade indiscutível, quem trabalha no meio automobilistico sabe que são peças de reposição de ótima qualidade. Apesar da linha convencional da Fremax ser muito bem falada, eu nunca usei a série TUNING. Desconhecia qualquer ser vivo que utilizasse também, ou seja, comprei no escuro...
Nos primeiros 250 ~ 300 km andei na maciota para assentar o conjunto. Depois desse período comecei a requisitar brutalmente dos freios para testar. O conjunto do Fiesta GLX, ao contrario dos Fiestas dotados de motorização 1.0L, tem seu conjunto muito bem dimênsionado, o fading demora para vir. Com os tuning senti uma leve melhora em relação ao fading, pode ser psicológico, ou não.
Mas uma coisa me encomodou no começo, esses discos fazem barulho, faz barulho de disco + pastilha velhos, porém esse desconforto sonoro só é perceptivel quando frio. Quando o freio esquenta o som some.
Bom... a capacidade de frenagem permaneceu inalterada, continua frenando tanto quanto um conjunto original.
Um upgrade que se pode fazer, é colocar o conjunto de freio da Ecosport 1.6.

Infiltração sanada

Faz algum tempo que não posto nada, era porque eu não estava mexendo muito no carro, só observando mesmo.

Quem tiver problemas de infiltração no carro, uma infiltração que chegue ao ponto de apodrecer algum feltro ou coisa do tipo, ao desmontar o carro para secar e posteriormente isolar a infiltração. NUNCA, repito... NUNCA monte tudo de novo logo em seguida, fique no mínimo de uma a duas semanas com o carro desmontado para ver se não vai entrar água MESMO. Porque caso entre água, vai ser trabalho perdido e em dobro.

Depois que cobri o local de infiltração com massa de calafetar, deixei o carro desmontado mais algum tempo, e nesse tempo peguei fortes chuvas, lavei o carro etc. Ou seja, expus o veículo a bastante água. Depois que constatei a não presença de umidade ou água no habitáculo que coloquei na cabeça "é hora de montar".
Mas ainda não montei. Quero já deixar a fiação de som passada antes de montar tudo.

Enquanto não vou a Sta. Efigenia comprar os cabos, resolvi dar uma adiantada em outras coisas do carro.